quinta-feira, 30 de julho de 2009

Pendenga da Construção do Aeroporto Internacioal de Macapá.


É lamentável a situação do Aeroporto de Macapá. Totalmente antiquado para atender a demanda da capital de um Estado que não possui estradas interestaduais e que depende demasiadamente do modal aéreo, pelo fato de estar cercado por água e o transporte fluvial até Belém é lento, cerca de 18hs de navio. No entanto, o fluxo mensal de passageiros que utilizam o aeroporto que gira em torno de 40.000 usuários e 800 aeronaves conforme site da infraero. A taxa de embarque cobrada para utilizar "o conforto" dos serviços da Infraero aos clientes das companhias é de R$15,42 por passageiro adulto. Fora a receita gerada pela utilização das companhias aéreas, táxi aéreo, aeronaves privadas e as lojas do terminal. Durante o período de férias nota-se que o a infra-estrutura do aeroporto Internacional de Macapá - ALBERTO ALCOLUMBRE- já está obsoleta, aeronaves pousam lotadas, quase que simultaneamente e na sala de desembarque só há uma esteira de rolagem de bagagem e que deve ser utilizada por uma empresa por vez, para não misturar os volumes, facilitando uma eventual troca de bagagem, o que ocasiona uma espera acima de 30 min que é quase o tempo de vôo de Belém/Macapá que tem 45min de duração. A conclusão da obra do novo terminal estava prevista para o final de 2006 conforme o próprio site da Infraero num discurso do presidente da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária: Pois bem, estamos aqui neste momento assinando a ordem de serviço para a construção do novo Aeroporto Internacional de Macapá. Uma obra que representa um total de investimentos superiores a R$ 113 milhões e que vai gerar mais de 2.400 empregos diretos e indiretos. E que eu tenho certeza, será construída em 30 meses, ou seja, o novo aeroporto estará pronto no final de 2006.Meu caro senador José Sarney, o novo terminal terá capacidade para atender até 700 mil passageiros por ano. http://www.infraero.gov.br/impr_arti_prev.php?ai=61&menuid=impr

Infelizmente não foi isto que aconteceu pois, já em uma fase em que as obras avançavam, veio a chamada “Operação Navalha”, da Polícia Federal, deflagrada em abril de 2007 para apurar distorções na licitação. Mais tarde, o Tribunal de Contas da União detectaria sobrepreço da ordem de R$ 17 milhões, no volume de recursos de R$ 112,8 milhões previstos para o conjunto dos serviços. Resultado, a obra paralisou. Porque a empresa Gautama responsável pela construção em consócio com a Better, estava envolvida na operação citada e foi impedida de receber qualquer recurso federal. Em contra partida a Better não deu prosseguimento a obra. Mas, apesar de todos os contratempos, foi lançado pela infraero o edital de contratação da cobertura do novo terminal de passageiros, com o prazo de conclusão previsto para dezembro deste ano conforme anunciado pelo presidente da Infraero Cleonilson Nicácio Silva na oportunidade em que se reuniu com o Governador Waldez Góes. Enquanto nada fica pronto, o atual terminal, passará por uma reforma e ampliação, vamos fazer uma comparação com a operação 'tapa buraco', como uma ação totalmente emergencial. “Garantiremos mais conforto aos passageiros até a conclusão da obra”, assegurou o diretor de Operações da Infraero, Márcio Jordão. Porém a conclusão do restante do aeroporto está prevista para dezembro de 2011, já que o edital de licitação será publicado em julho de 2010.“Cumpriremos, conforme planejado, o cronograma de retomada das obras, garantindo para dezembro de 2011 a conclusão do novo Aeroporto Internacional de Macapá” afirmou o diretor de engenharia Paulo Pinto. Inevitavelmente há um sentimento de desconfiança pela sociedade amapaense, mesmo que agora já se perceba uma boa vontade e um novo ânimo para a retomada da empreitada, mas isso é resultado de uma série de adiamentos, paralisações e corrupção. A sociedade anseia pela inauguração da obra. O turismo necessita de uma boa infra-estrutura e o aeroporto de uma capital serve de cartão de visita onde pode causar ao visitante uma boa ou má impressão de imediato. Só o que nos resta é esperar que o novo cronograma seja cumprido conforme o prazo pré-estabelecido. Um bom aeroporto trará conforto, segurança aos usuários bem como a comunidade aeroportuária. Pena é que a necessidade desta construção tome uma conotação mais política que técnica.

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